terça-feira, 15 de novembro de 2011

Toscanini - Uruguai, safra 2006 - 2009/2010

Cabernet Sauvignon... tinto... seco... 16º Celcius.
Olor frutado. Tua cor violeta mostra tua presença marcante.
O tanino se faz acentuado, carregando um sabor frutose delicado.
...

Dois mil e nove! Saboroso! Fervoroso!...
Tua textura me traz no palato,
O gosto da gruta que no ato,
Me acolheu... de fato.

Hoje!
Não sei se o ar me consome
Ou se consumo o ar.
Se o vinho me consome
Ou se consumo seu paladar.

fuhh...No sopro que lanço,
Espiro meu ser... MEU eu.
ïühh...No afluxo que alcanço,
Aspiro teu olor... TEU eu.

Te solto no ar! ... ahhh!!!
Que vá!!!!... Vá!...
Vá além mar...
Além do mar...

Pois tua essência não agrega a crença de um só amar...
Tens na paixão a doce ilusão de que o amor se faz...
Mas quando a paixão extingue, vives tal qual estilingue...
Atirando além mar....

Então!
Que vá!!!! Vá!
Vá além mar...
Além do mar...

No refresco da ressaca,
À antiga praia tentando voltar,
Arrebatas nas pedras sacras;
Em luta com as ondas do mar.

Agora refeita das lembranças,
Amargas a falsa instância de agregar.
Apagas as físicas lembranças
Da vulta confiança no seu atirar.

O arrependimento não acalma.
Trás dores nas longas horas... de solidão.
Então metes no âmago d'alma,
A doce lembrança que choras... mais uma paixão.

O tempo...
O Implacável tempo,
Já não convoca mais o rebento.

E por mais que a nobreza do ato,
Finque pé no ápice do fato,
Não aprisiona o pensamento.

Por sorte,
O outro lado da moeda,
Que é coroa e nos é cara,
Chega com vontade,
E nos faz maturidade.

Já no íntimo da inquietude,
Da vida, nua e crua que ainda ara
Sobra a lembrança que a miúde,
No ápice sempre aproveitara...

Ao fim!
No apagar das luzes da ribalta,
Da vida levada incauta,
Vivencias as semblantes almas,
Silenciam as sonantes palmas.

No silêncio do Além,...
O sorriso esbalda em disfarce,
A sutileza da intensidade vivida;
Agora com o passado que ressarci.

Nova vida, novo amor, novo enlace;
O novo desafio para o nosso crescimento virá.
Quanto ao eterno que para nós é enquanto dura,
Tenhamos na mente que fisicamente, tudo passará...

Por fim,
no lapso do nosso tempo,
por maior que seja a dor que hoje sofremos,
Gargalhadas no futuro daremos,
Pelo que no passado vivemos.