domingo, 18 de janeiro de 2009

Passos...

Confesso, estou cansado.
Dormindo pouco, entediado.
Anscioso, talvez incomodado.
Meio disperso, mas controlado.

Confesso, não me sinto feliz.
Nada contra o que já fiz,
Mas sinto perder a raiz,
Do que sempre quis.

Tento me refazer,
Com receio de te desfazer.
Não quero te perder,
Nem mesmo te esquecer.

Confesso, estou sofrendo.
Não ando me entendendo.
Perguntas então o que estou fazendo!
Busco algo que estou perdendo.

Envelhendo neste mundo...
Confesso, estou moribundo.
Psíquico somático no fundo,
Do ato decisivo, rotundo.

Confesso, sou persistente.
Mas o orgulho me faz ausente
Donde deveria estar pessoalmente,
Donde deveria me fazer presente.

Portanto sou solitário.
Serei feliz quando solidário?
Então entendas meu amor visionário,
Pelo menos tentas um dicionário!

O tempo passa...
E meus passos vão na aguaça
Da torrente que rechaça
A história dessa massa.

Tu verás que a vertente,
Do mesmo modo que cobre a mente
Acumulando-a de sangue quente,
Pode inverter o "v" em nascente.

São seus e meus modos de visão!
Por isso tomei a decisão.
Meus passos aí estão
Deixando minha marca neste condão.