quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Teu Niver Gentil!

São seis de dezembro de dois mil e oito.
Tua filha está ao lado, escutando.
Me lembra o niver do Gentil?
Retorna: - que dia é?; perguntando.

Dia doze, dezesseis? Não sei.
Passou perto... é seca a resposta.
E no dia exato, contínua desordem psíquica,
Induz-nos à desfaçatez descomposta.

Ao contrário de fazer valer a lembrança,
Num átimo de tempo, já pelas dez da noite,
Volta ao longe descarregando a culpa,
Brada o compromisso da pizza como meu açoite.

Minha falta contrai as coronárias.
A dor interna é sentida no meu corpo.
Pesar tenho da minha ausência,
Me sinto pária de um aborto.

E pensar que o presente preparava,
Com carinho numa caixa dourada,
Levaria nela não um vinho,
Mas uma coca-cola gelada.

Pois consciente da tua abstinência,
Não ousaria atrever tua crença.
Conhecedor mor de tua sapiência,
Respeitosamente, faço questão que vença.

Feliz Aniversário Gentil!
Saiba que te guardo no coração.
Não só como amigo e sogrão,
Mas também como Pai e Irmão.